domingo, 15 de maio de 2011

Dois carros, dois casos



A fotografia de cima mostra a intervenção policial, na Av. Álvares Cabral, em Lisboa. Fora chamada porque a viatura que está a ser rebocada impedia o acesso ao portão, devidamente sinalizado com o regulamentar sinal de “estacionamento e paragem proibida”, tal como consta do código da estrada.
Quem chamou o reboque policial foi o dono de um carro que queria entrar no referido portão: tratava-se de um elemento da empresa de segurança da escola a que dá acesso o portão e que queria ali arrumar a viatura porque em mudança de turno.
Até aqui tudo bem e de acordo com a sociedade civilizada em que vivemos.
O que já não está consentâneo com essa sociedade é o que consta na segunda fotografia: um carro estacionado bem no meio de uma passagem de peões semaforizada. E mais triste ainda é esta situação ter acontecido a escassos 50 metros da primeira.
Uma mereceu a atenção policial, a outra foi o que se viu, o que se vê e o que se vai vendo por todo o país: este está configurado para os automóveis, sendo os peões um impecilho à sua normal circulação.

By me

2 comentários:

Ana Paula Ribeiro disse...

Olá! Já aconteceu a um conhecido, após minutos desesperados à procura de lugar para estacionar e estando atrasado para uma reunião, acabar por fazê-lo em cima do passeio onde estavam outras carros. Quando regressou o dele tinha sido rebocado. Segundo a polícia, um peão irritado (com toda a razão) não conseguiu passar pelo lado de dentro do passeio por causa do carro dele e de outro. Rebocaram estes dois. Os outros não lhe mexeram porque ninguém se queixou. Não estou a dizer que a multa não foi bem passada à pessoa. Apenas que sejam coerentes.

Unknown disse...

A coerência que todas as pessoas falam, quando pretendem justificar os erros que cometem são hilariantes. primeiro porque segundo a Paula Castro deveria a Policia remover todos os carros, mesmo aqueles que não se encontravam nas mesmas condições. Segundo, que a PSP actue, segundo a vontade de cada um, perante um conjunto de situações tão diversas ás quais é necessário atribuir graus de prioridade, porque só assim se consegue resolver problemas graves que afectam as pessoas. Terceiro, uma garagem impedida, ou a porta da habitação que esta obstruída, é mais grave que uma viatura no passeio que impede parcialmente a passagem de peões, ou mesmo uma estacionada em segunda fila ou ainda aquela que se encontra nas cargas e descargas. Mais graves que estas são aquelas que impedem o Transito de circular efectivamente, ou aquela que impede os bombeiros de aceder a um sinistro, ou mesmo a colaboração com um acidente grave onde é necessário retirar as viaturas da via, no sentido de evitar novos acidentes. Relativamente aos minutos desesperados do amigo da Paula,com certeza não aconteceria essa situação se o mesmo tivesse que circular no passeio onde estacionou com o carrinho das compras que trazia e devido as limitações físicas o mais seguro era fazê-lo pelo passeio. A PSP não é uma instituição omnipresente comete os seus erros, mas tenta ser justa e tenta satisfazer o melhor que pode, os cidadãos, mediante os meios de que dispõe.Relativamente ao "Dois carros, dois casos", na minha humilde opinião o tema foi abordado com alguma leviandade.