terça-feira, 1 de outubro de 2013

46-01-UM



De pouco adiantou dizer ao cavalheiro que conduzia este carro que não deveria ali deixá-lo.
Tal como de nada serviu explicar-lhe que ali é uma passagem de peões e que, assim, impedia-nos de usar o que é nosso por direito.
E foi inútil acrescentar que a lei pune tais comportamentos.
“Sim, sim!”, “Pois, pois!” e “Não demoro!” foi o que ele me soube dizer enquanto se afastava.
Regressou uns minutos depois, encetando uma maço de cigarros e após ter bebido uma bica, no café/mercearia que existe na esquina.
Se mais não fiz (auto-colante, limpa-vidros, retrovisor) foi porque o catraio de poucos anos, sentado no banco de trás, olhava para mim com cara de espanto.
Não deveria ele pagar pelos disparates do talvez pai, a quem nunca deveriam ter entregue carta de condução e, muito menos, licença de paternidade.

Fica o registo e a referência à matrícula da viatura.

By me